Malásia admite que avião voou por horas após desaparecer
Primeiro-ministro do país afirmou que os sistemas de comunicação do Boeing 777 foram desligados "deliberadamente" por alguém dentro da aeronave
Parente de passageiro a bordo do avião da Malaysia Airlines, desaparecido desde o último sábado (7), espera por notícias no Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur - Damir Sagolj/Reuters
O primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, admitiu neste sábado que os sistemas de comunicação do voo MH370 de Malaysia Airlines foram desligados de forma deliberada por alguém dentro da aeronave. O premiê confirmou também, com base em informações de radar e satélites, que o avião mudou de rota após perder o contato com os controladores e voou durante horas na direção oeste. O Boeing 777 com 239 pessoas a bordo desapareceu sobre o Mar da China há uma semana, quando voava de Kuala Lumpur para Pequim.
Leia mais:
Novos dados sugerem que avião caiu no Índico, diz CNN
EUA investigam pirataria no caso de avião desaparecido
Ação deliberada – Apesar dos indícios de um sequestro, Razak evitou usar o termo e garantiu que a Malásia continua investigando “todas as possibilidades” do que pode ter causado o desvio no voo. “As autoridades voltaram a focar a investigação na tripulação e nos passageiros”, informou. "As evidências indicam para a ação deliberada de alguém no avião".
Segundo o primeiro-ministro, um satélite conseguiu captar sinais do avião sete horas após o seu desaparecimento – o Boeing tinha combustível para sete horas e meia de voo –, mas não conseguiu determinar sua localização exata. Com base nesses dados, no entanto, investigadores estabeleceram duas regiões como possíveis locais onde a aeronave enviou seus últimos sinais: uma rota ao norte, que vai da fronteira entre Cazaquistão e Turcomenistão até o norte da Tailândia ou uma rota ao sul, que vai da Indonésia até o sul do Oceano Índico. "As buscas entraram em uma nova fase. Esperamos que esta nova informação nos aproxime de sua localização", declarou o primeiro-ministro.
Dados vazados – O pronunciamento de Razak acontece após críticas de que seu governo estaria lidando com o caso de forma incompetente e pouco transparente. Muitas das informações dadas pelo premiê já haviam sido vazadas para a imprensa americana nas últimas horas. Na sexta-feira, a rede CNN divulgou que agências de aviação dos Estados Unidos e da Malásia calculam que o voo pode ter seguido por duas rotas sobre o Oceano Índico, em regiões bastante afastadas do seu trajeto original, até cair.
Já o jornal The New York Times divulgou que investigadores afirmaram que o avião subiu para além da altitude permitida para seu modelo (Boeing 777) e que mudou de rota e de altitude mais de uma vez, de um modo que parece indicar que o aparelho ainda estava sendo comandado por um piloto.
De acordo com o NYT, a combinação entre mudanças de altitude e de curso pode ter diversas explicações, como um ato deliberado por parte de um piloto ou de um sequestrador ou até porque a aeronave passou a voar de maneira desordenada em razão de a tripulação ter ficado de alguma forma incapacitada.
Leia mais:
Novos dados sugerem que avião caiu no Índico, diz CNN
EUA investigam pirataria no caso de avião desaparecido
Ação deliberada – Apesar dos indícios de um sequestro, Razak evitou usar o termo e garantiu que a Malásia continua investigando “todas as possibilidades” do que pode ter causado o desvio no voo. “As autoridades voltaram a focar a investigação na tripulação e nos passageiros”, informou. "As evidências indicam para a ação deliberada de alguém no avião".
Segundo o primeiro-ministro, um satélite conseguiu captar sinais do avião sete horas após o seu desaparecimento – o Boeing tinha combustível para sete horas e meia de voo –, mas não conseguiu determinar sua localização exata. Com base nesses dados, no entanto, investigadores estabeleceram duas regiões como possíveis locais onde a aeronave enviou seus últimos sinais: uma rota ao norte, que vai da fronteira entre Cazaquistão e Turcomenistão até o norte da Tailândia ou uma rota ao sul, que vai da Indonésia até o sul do Oceano Índico. "As buscas entraram em uma nova fase. Esperamos que esta nova informação nos aproxime de sua localização", declarou o primeiro-ministro.
Dados vazados – O pronunciamento de Razak acontece após críticas de que seu governo estaria lidando com o caso de forma incompetente e pouco transparente. Muitas das informações dadas pelo premiê já haviam sido vazadas para a imprensa americana nas últimas horas. Na sexta-feira, a rede CNN divulgou que agências de aviação dos Estados Unidos e da Malásia calculam que o voo pode ter seguido por duas rotas sobre o Oceano Índico, em regiões bastante afastadas do seu trajeto original, até cair.
Já o jornal The New York Times divulgou que investigadores afirmaram que o avião subiu para além da altitude permitida para seu modelo (Boeing 777) e que mudou de rota e de altitude mais de uma vez, de um modo que parece indicar que o aparelho ainda estava sendo comandado por um piloto.
De acordo com o NYT, a combinação entre mudanças de altitude e de curso pode ter diversas explicações, como um ato deliberado por parte de um piloto ou de um sequestrador ou até porque a aeronave passou a voar de maneira desordenada em razão de a tripulação ter ficado de alguma forma incapacitada.
Cronologia do desaparecimento do voo MH370
1 de 9
Desaparecimento
Mulher chora enquanto fala ao celular em busca de informações de um parente que estava no avião da Malaysia Airlines
No dia 7 de março, a companhia aérea Malaysia Airlines comunicou que havia perdido o contato com o voo MH370, que decolou do aeroporto de Kuala Lumpur, na Malásia, com destino à capital chinesa Pequim. O anúncio foi feito após as autoridades do Vietnã confirmarem que o avião não se encontrava mais em seu espaço aéreo, onde o piloto trocou a última mensagem com os controladores. Segundo o relato inicial da empresa, o Boeing B777-200 transportava 239 pessoas de treze nacionalidades, sendo 227 passageiros, incluindo dois menores de idade, e doze tripulantes.
0 comentários:
Postar um comentário