“A Cidade Maravilhosa é um lugar que eu sempre quis visitar. É difícil tirar uma foto ruim do Rio porque é tão interessante e bonito. E a topografia de toda a cidade é única e eu acho que é ótima para fotografia com pipa. As praias de Ipanema e Copacabana são bonitas e ícones. Esta manhã eu pude fotografar no Arpoador e fotografar a praia de Ipanema. Acho que vai ficar muito bonito”, contou Evan, durante sua visita ao Rio de Janeiro.

O jovem já é um veterano da técnica de Kite Aerial Photografy [fotografia aérea em pipa]. Ele utiliza este método há oito anos, no entanto, o seu interesse pelos retratos começou aos três anos de idade. “Meus pais me deram uma câmera, mas foi na faculdade que eu lidei com a fotografia profissionalmente”, acrescentou.

Evan contou ainda que o interesse em fotografia aérea surgiu quando estava na universidade e que a ideia da pipa nasceu da falta de dinheiro para pagar o aluguel de aviões ou helicópteros. “Eu não tinha dinheiro suficiente para alugar um avião e eu não tinha nenhum amigo que fosse piloto e me levasse para tirar fotos com avião ou helicóptero, então, um dia tive a ideia”, contou.

“Eu sempre adorei voar pipas e imaginei que haveria uma forma de eu colocar a minha câmera na pipa. Então, eu passei um tempo pensando como fazer e no processo eu percebi que poderia tirar mais fotos únicas usando a pipa do que eu poderia fazer com o avião”, explicou.

Lugares favoritos
Evan já registrou lugares como a Ilha de Páscoa, na Polinésia; Monte Saint-Michel, na França; Sydney Opera House, na Austrália, entre outros, que estão entre os seus favoritos. No Rio, esta foi a primeira vez do fotógrafo, que espera retornar ao Brasil para visitar Búzios, na Região dos Lagos e Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná.

“Eu amo o Rio agora. Essa foi a minha primeira vez no Brasil e tenho tido um ótimo tempo aqui, os cariocas têm sido muito legais comigo", elogia. Além do Rio, o americano destaca como seus lugares favoritos para fotografar Paris e Monte Saint-Michel, na França; além da Ilha de Páscoa, na Polinésia Francesa.

A técnica
Para alcançar diferentes e altos ângulos, Evan contou que a linha chega a 260 metros de altura: “Normalmente eu não voo tão alto, porque eu tento ficar numa altura entre o chão e o avião - não tão alto quando ficaria se fosse foto de avião. Porque aí quando eu olho, eu vejo uma variedade de pontos. E eu vou me baseando na imagem que eu vejo do vídeo, se achar que precisar ir mais alto, eu dou mais linha”.

Evan explicou ainda que tira quantas fotos forem possíveis. “Eu tiro fotos a cada cinco segundos. Normalmente entre 80 e 100 fotos para conseguir uma foto. Pra escolher a foto final, eu coloco as minhas fotos no meu computador com tela grande. E eu utilizo meu julgamento artístico e seleciono as que eu acredito que são mais interessantes. Muitas vezes eu faço várias versões da foto em um disparo e eu recebo algumas pessoas que nunca viram a foto antes para darem suas opiniões e normalmente a foto que eu escolhi para o final fica entre as duas mais votadas”, explica.